domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Praça é Nossa

Há 25 anos, comemorados em maio de 2012, A Praça É Nossa traz ao SBT muita diversão e um humor inocente com personagens autênticos e universais.A ideia da atração surgiu com Manoel de Nóbrega (1913-1976). De férias, em um hotel em Buenos Aires, na Argentina, ele vislumbrou esse sucesso, que há duas décadas cativa o telespectador brasileiro."Da janela do hotel, ele começou a notar os tipos diferentes que, diariamente, se aproximavam para conversar com um senhor que ficava sentado num banco de uma praça. Percebeu, então, que num cenário único, poderia reunir vários personagens engraçados e muito diferentes entre si", conta Carlos Alberto de Nóbrega, filho de Manoel de Nóbrega.A estreia de A Praça É Nossa no SBT aconteceu no dia 7 de maio de 1987. Anteriormente, de 1957 a 1976, a atração, sob o comando de Manoel de Nóbrega, era chamada "A Praça da Alegria" e exibida na extinta TV Paulista (que depois viria a ser a TV Globo). Em seguida a atração passou pela Record e TV Rio até sair do ar nos anos 70.Ao conquistar todas as faixas etárias e classes sociais, A Praça é Nossa sempre se destacou pela diversificação em seu humor. Nesses 25 anos, foram produzidos mais de mil programas inéditos. Sem contar que já desfilaram pelo banco da praça mais de 120 artistas, entre humoristas e comediantes, que protagonizaram o respeitável número de 250 personagens.

Personalidades que passaram pelo programa

Hoje A Praça é Nossa tem mais de 20 personagens. Entre eles estão o político João Plenário (Saulo Laranjeira), Paulinho Gogó (Maurício Manfrini), Cabrito Tevez (Alexandre Porpetone), Nina (Marlei Cevada), Dapena (Zé Américo), Seu Memê (Otávio Mendes), entre outros.Em todos esses anos, A Praça é Nossa ainda ficou conhecida por receber personalidades de áreas distintas em seus quadros, tais como o rei Pelé, o craques Zico e Raí, o polêmico Clodovil, o campeão Popó, os medalhas de ouro do vôlei Maurício, Tande, Pampa e Giovane; as musas do basquete Paula e Hortência; o então deputado federal Lula, padre Antônio Maria, Dercy Gonçalves, os cantores Daniel, Fagner, Fábio Jr, Leonardo, Agnaldo Rayol, Zezé di Camargo e Luciano; as cantoras Kelly Key, Roberta Miranda e Gil; Celso Portiolli, Eliana, Isabella Fiorentino e Arlindo Grund, os jornalistas Carlos Nascimento e Boris Casoy; e bandas como Jota Quest, Charles Brown Jr., Falamansa, Família Lima, Fat Family, entre muitos outros.Há 25 anos, Carlos Alberto de Nóbrega comanda a atração, que também conta com a performance de Marcelo de Nóbrega, seu filho, que começou como ator e hoje dirige o programa e interpreta o Explicadinho.

O apresentador

O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega nasceu em Niterói, estado do Rio de Janeiro. Iniciou a sua carreira na década de 50, escrevendo quadros humorísticos para o programa “Manoel de Nóbrega”, seu pai, na Rádio Nacional em São Paulo. Em 1956 começou a escrever para a televisão, no programa Zilomag Show, e atuava ao lado de Ronald Golias na TV Paulista (canal 5). Na seqüência vieram outros programas como: Golias Show, Espetáculo Tamoyo, Escolinha do Golias e Praça da Alegria, na qual atuou ao lado de seu pai, Manoel de Nóbrega. No final dos anos 50, começou a trabalhar, também na extinta, TV Rio, e fez os programas: Rio Te Adoro, Noites Cariocas, O Riso é o Limite e Golias Show. Em 1963, Carlos Alberto saiu da TV Paulista e foi para a TV Record de São Paulo, onde passou a escrever e apresentar programas humorísticos como: É Uma Graça Mora, Shows Internacionais, e finalmente em 1966, passou a escrever ao lado de Jô Soares, A Família Trapo. Durante todo o tempo em que trabalhou na TV Record, foi o redator principal do Show do Dia Sete e do Prêmio Roquete Pinto. Já na década de 70, foi para a extinta TV Tupi de São Paulo, escrever o programa Os Trapalhões, onde mais tarde, passou a ser diretor da linha de shows de toda a rede. Em seguida foi para a TV Globo, onde permaneceu por onze anos, escrevendo e dirigindo o programa Os Trapalhões. No ano de 1987, veio para o SBT, onde passou a apresentar o programa A Praça é Nossa. Na direção do programa está Marcelo de Nóbrega, filho do apresentador. Carlos Alberto é uma pessoa simples, que admira o respeito ao próximo, extremamente profissional e de pontualidade britânica. Pai de seis filhos, faz ginástica, joga tênis, adora estar com a família e tem uma grande paixão por automóveis.

A carta

Esta, será a tua mesa de trabalho. Aqui, ajudarás teu pai, no seu trabalho de todos os dias. Nela, tirarás um pouquinho daquilo que irá constituir a tua vida: Emoções, Alegrias, Contentamentos. Ao vê-la entrar, neste instante, conduzida por mãos amigas, à minha sala de trabalho, eu me comovi profundamente! Num segundo, toda a nossa vida passou-me pela cabeça! Ainda ontem, dormias de meu lado. Veleva-te teu sono. Acompanhava- te nos teus problemas infantis. Ainda ontem, eras um menino, livre de preocupações, sem horários, sem deveres, sem responsabilidade! 

Hoje, já és um mocinho! Até mesa de trabalho, tu tens! E com que vaidade eu vejo tua mesinha colado à minha, com a mesma ligação que existe entre as nossas duas vidas. “ A mesa do papai... A mesinha do filhinho...” Sobre tua mesa de trabalho haverá uma máquina de escrever.Mesa e maquina serão as ferramentas de teu ofício. Pois bem. Trata, com carinho, as tuas ferramentas de trabalho. Respeita tua mesa de trabalho, pois é ela quem irá, um dia, te encher de orgulho e satisfação! Hoje, ela é assim, pequenina... Mas, um dia, será grande! Que saibas honrá-la,com um trabalho honrado e digno!

Nunca a uses para fazer mal a alguém! Nem, mesmo, a teus inimigos! Usa-a, sim, para o ganho de teu pão! Usa-a, para defesa de teus ideais! Que ela te inspire a defender os sagrados princípios que sempre foram defendidos por mim, que são de teu conhecimento, nem que tenhas de lutar contra tudo e contra tantos! Usa-a, em defesa de pequenos, dos esquecidos, dos que sofrem, dos que apelaram para a tua inteligencia e para a tua fôrça! Que ganhes, nela, o pão honrado prá ti e para os teus filhos! Esta mesa veio cortar, em definitivo, uma fase de tua vida.

Ela me mostrou que tua infancia já acabou e que começa, agora, pra ti, a fase de lutas, dos sofrimentos, das derrotas, das vitórias! Mas deves depositar em Deus, toda a tua Fé! Quem traz Deus, no coração, não teme adversários! E não vitória, sem luta!

Trabalha, meu filho! Trabalha com amor, dedicação, coragem, renuncia, abnegação e probidade! Se assim o fizeres, eu direi em todas as fases de minha vida, o que digo, agora, de olhos molhados: “ Eu me orgulho de ti , meu filho!
Em tua pequenina mesa de trabalho, deposito minhas esperanças e o meu beijo!
Do Papai

Manoel de Nóbrega

Quadros

Bigode

Um típico motorista de ônibus (Fábio Silvestre) que conta histórias divertidas do cotidiano de sua profissão e a relação entre motorista e passageiro.





Bill e Gates

Os dois mendigos (Paulo Pioli e Pierre Bittencourt), de maneira muito engraçada, sempre acabam achando que ser pobre é bem mais vantajoso do que ser rico.





Dapena

Zé Américo imita e parodia o jornalista José Luiz Datena trazendo para a Praça toda a sua indignação com as notícias do cotidiano.





Deputado João Plenário

Criação do ator e comediante Saulo Laranjeira, é uma sátira e, ao mesmo tempo, uma crítica à síntese da imagem do político brasileiro. Com um discurso ininteligível, João Plenário procura explicar – com as desculpas mais esfarrapadas – todas as falhas políticas e morais que a maioria dos políticos comete.

Matheus Ceará

Um típico personagem do nordeste brasileiro (Matheus Ceará) chega à Praça para contar "causos" vividos por ele em várias ocasiões engraçadas.





Nina

A garotinha de cerca de seis anos, que é interpretada por Marlei Cevada, vem acompanhada do seu cãozinho de pelúcia, trazendo para a Praça perguntas e colocações próprias das crianças, que deixam sempre qualquer adulto numa tremenda saia justa. Sua vítima é sempre o Carlos Alberto, que – para a Nina – nunca tem "nada a veeeeer"

Paraíba

Zé Américo interpreta o personagem paraibano que tenta, de todas as formas, conseguir emplacar algum negócio rentável. Para isso, ele dispõe de inúmeros cartões de visita, os quais distribui a todo momento, imaginando que assim será mais fácil de sensibilizar seu interlocutor a ser sócio ou consumidor do seu empreendimento.

Paulinho Gogó

Maurício Manfrini é o típico carioca malandro e suburbano. Relata suas histórias deixando claro o eterno bom humor do carioca diante de qualquer situação.





Porpetone

Humorista e imitador, Porpetone traz à Praça a sátira e a paródia das mais diversas personalidades nacionais e internacionais, tais como: Tevez, Lula, Tiririca, Roberto Cabrini, Dr Hollywood, Madonna, Romário, Jô Soares e outros.



Professor Givanildo

Eduardo Mascarenhas é um professor Universitário, catedrático em Filosofia, que está sempre acompanhado de uma assistente ou aluna. A pausa ao falar, que vem acompanhada do cacoete de mexer as mãos – num gesto reconhecidamente malicioso -, faz com que todo o seu discurso professoral tenha – em princípio – um duplo sentido.

Repórter Português

Um repórter de uma TV portuguesa (Oscar Pardini) todo atrapalhado com seus entrevistados e que faz confusões tremendas com suas fontes totalmente equivocadas.




Seu Memê

Interpretado por Otávio Mendes, seu Memê que está sempre de mau humor e acaba respondendo perguntas de uma maneira bem grosseira. Afinal, para ele qualquer coisa é motivo para dizer seu famoso bordão: "não é da sua conta"!



O Saideira

Giovane Bráz interpreta um bêbado divertidíssimo, que sempre vem contar a Carlos Alberto suas aventuras boêmias.






Tibúrcio

Beto Gabriel conta histórias de um gaúcho que sempre está enrolado com situações engraçadas do cotidiano.






Tropa dos Malukos

Com humor simples e direto, o trio formado por Rapadura, Bananinha e Durão traz de volta a atmosfera inocente numa grande homenagem aos ídolos circenses de todas as épocas.




Vai que Cola

Márcio Amaral é o tipo 171, que está sempre às voltas com problemas amorosos, financeiros ou de qualquer outra ordem, e que tenta se safar utilizando de uma suposta malandragem que, em geral, não dá certo.



Zé Bonitinho

Personagem criado e interpretado por Jorge Loredo, que mostra o protótipo do “homem fatal”, cheio de tiques peculiares. Zé Bonitinho é aquele que todas as mulheres se apaixonam e se tornam capazes das maiores loucuras só para conseguirem ao menos ganhar um sorriso.


Zildo

Um pobre coitado com o nome de Zildo (Guilherme Uzeda) que sempre está encrencado em situações inusitadas e mesmo assim vive dizendo "Graças a Deus".

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